Conselho

Roser Torra é professora na Universitat Autònoma de Barcelona e Presidente da European Renal Association (ERA). Ela estudou Medicina na Universitat de Barcelona e completou a sua residência em Nefrologia no Hospital Clinic. Desde 2001, tem liderado a Unidade de Doenças Renais Hereditárias na Fundação Puigvert, onde também é chefe de Nefrologia Clínica.

A sua pesquisa, com mais de 200 publicações, foca-se em doenças renais hereditárias. Roser recebeu inúmeras bolsas de estudo, subsídios de competição, e foi duas vezes premiada com o Iñigo Álvarez de Toledo Nephrology research award. Ela também coordena o programa de doenças raras na Fundació Puigvert e as redes ERKnet e XUEC.

Dimitrios S. Goumenos, nascido em 1958, graduou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Atenas em 1982 e treinou em Medicina Interna e Nefrologia no Laikon General Hospital.

Recebeu uma bolsa da Fundação Alexandros Onasis para formação avançada no Sheffield Kidney Institute, concentrando-se em glomerulonefrite e cicatrização renal. Em 1997, tornou-se Professor Assistente no Hospital Universitário de Patras, avançando mais tarde para Professor Titular e Chefe de Nefrologia em 2009. A sua pesquisa abrange a progressão da doença renal, a patogênese e o tratamento das doenças glomerulares, a glomerulopatia relacionada à obesidade e a proteômica. Ele assumiu cargos de liderança, incluindo o de Presidente da Sociedade Helénica de Nefrologia e Decano da Faculdade de Medicina da Universidade de Patras. Atualmente, é Secretário Geral da European Renal Association.

Mustafa ARICI, MD, é um professor de Medicina (Nefrologia) na Universidade de Hacettepe, em Ancara, e Tesoureiro da European Renal Association (ERA). Membro da Academia de Ciências da Turquia e ex-Secretário Geral da Sociedade Turca de Nefrologia, também fez parte do Comité Executivo do KDIGO. A sua pesquisa centra-se na doença renal crónica (CKD), hipertensão, progressão da doença renal, albuminúria, fibrose, riscos cardiovasculares e consumo de sódio.

Ele é um editor temático para Nephrology Dialysis and Transplantation e ocupa cargos editoriais em várias revistas médicas. Co-editou dois importantes manuais sobre CKD e nefrologia.

Alberto Ortiz, MD, PhD, FERA, é o Chefe de Nefrologia e Hipertensão na Fundación Jiménez Díaz e Professor de Medicina na Universidad Autónoma de Madrid. Ele serve como presidente do Registro ERA e é o presidente eleito da Clinical Science Chair. Ortiz também coordena a rede de pesquisa renal da Espanha (REDINREN/RICORS2040) e o SPACKDc, com foco em genômica CKD.

Ele recebeu o Prémio ERA 2020 pela Excelência em Pesquisa e co-presidiu a Conferência de Controvérsias KDIGO sobre a Saúde Renal em 2023. A sua pesquisa é centrada na epidemiologia CKD, na lesão renal aguda e na patogénese da CKD. Ele foi Editor-Chefe do Clinical Kidney Journal de 2014 a 2022.

Como Membro Ordinário do Conselho da ERA, apoiarei a Sociedade com a minha experiência tanto na área clínica de nefrologia quanto na área de pesquisa básica, assim como, com o meu constante e verdadeiro entusiasmo. Entre outras coisas, gostaria de me envolver em chamar mais atenção para a implementação na prática clínica dos métodos atuais de prevenção da progressão da DRC. Recentemente, participei da preparação das orientações polacas sobre a questão da nefroprotecção. Promovereio organização através de webinars e cursos da ERA, não apenas para nefrologistas, mas também para médicos de clínica geral e especialistas em medicina interna focados em nefroprotecção (entre outros nos países da Europa Central e Oriental e também nas línguas locais). Além disso, gostaria de promover as iniciativas de financiamento de bolsas da ERA, que permitem estudar a nefroprotecção com medidas não muito óbvias (por exemplo, dieta rica em plantas ou evitar o consumo de bebidas energéticas) e também em populações específicas com necessidades especiais (por exemplo, refugiados ou pacientes com doenças mentais graves). Durante as minhas atividades nos comitês científicos dos congressos da ERA em 2024 e 2026, faço todos os esforços para garantir a igualdade de gênero na distribuição dos palestrantes convidados pela ERA. Como Membro Ordinário do Conselho, estarei atento a qualquer questão relacionada ao desequilíbrio de gênero. Devido à minha nacionalidade e ao meu país de residência, compreendo bem os problemas da comunidade nefrológica na Europa Central, Oriental e nos países Balcãs. Naturalmente, representarei os pontos de vista dos nefrologistas desta parte da Europa no Conselho ERA. Na Polónia, ao preparar o programa científico dos congressos anuais da Sociedade Polaca de Nefrologia, alguns palestrantes convidados (geralmente 3 pessoas) são propostos totalmente independentemente pelo Clube Jovem Nefrologista a partir dos seus membros. Isto permite promover eficazmente os representantes dos jovens nefrologistas. Um modelo similar (com a atividade da Plataforma do Jovem Nefrologista) pode ser usado durante a preparação do programa científico dos futuros congressos da ERA. Por último, mas não menos importante, gostaria de promover algumas iniciativas importantes da nossa sociedade que podem preservar a identidade nefrológica e possibilitar o estudo das raízes da nossa disciplina científica, nomeadamente a cooperação com a Associação Internacional para a História da Nefrologia (IAHN). É sempre bom, ao olhar para o futuro, não esquecer o passado.

A ERA é a organização-chave na Europa para desenvolver e apoiar atividades em nefrologia. A doença renal é um grande problema em todo o mundo, que não é tão visível em comparação com as doenças cardiovasculares e o cancro. No entanto, o futuro da nefrologia é brilhante, pois temos cada vez mais opções para melhorar o prognóstico dos nossos pacientes com doenças renais. Precisamos usar este momento para agir e aumentar a visibilidade da nefrologia na Europa e em todo o mundo. Precisamos de programas de rastreio nefrológico para detetar doenças renais o mais cedo possível. Os médicos de família precisam ser educados e o caminho do paciente até os nefrologistas precisa ser esclarecido e simplificado. Além disso, precisamos educar os nossos futuros nefrologistas por um lado em habilidades clínicas, mas também em ciência. Precisamos de mais clínicos e cientistas em nefrologia para dar os próximos passos no desenvolvimento de novas terapias para nossos pacientes. Finalmente, será importante apoiar especialmente as mulheres na nefrologia, pois ainda estamos sub-representadas como nefrologistas líderes. Precisamos encontrar soluções para apoiá-los especialmente em momentos em que começam a sua independência, o que muitas vezes coincide com o início de uma família. A ERA tem o poder de agir em todos os pontos acima para melhorar a visibilidade da nefrologia na Europa e como Membro do Conselho eu tentaria trazer a minha experiência para alcançar esses objetivos.

Ana Carina Ferreira é uma nefrologista portuguesa e Professora Assistente no Departamento de Nefrologia do Hospital Curry Cabral em Lisboa, com foco na Unidade de Diálise Peritoneal, nefrologia geral e consultas de DRC após transplante de órgão sólido, e Laboratório de Histomorfometria Óssea. Fora do hospital, a Dra. Ferreira é Diretora Médica de um centro de hemodiálise em NC Lumiar, Lisboa. Obteve o seu diploma de medicina em 2003 e tornou-se especialista certificada em Nefrologia em 2012, obtendo o Certificado Europeu em Nefrologia em 2017.

Ferreira completou formação avançada em métodos de pesquisa na Harvard Medical School em 2014 e 2015 e recebeu o seu doutoramento em Medicina em 2022. É membro fundadora da Plataforma de Jovens Nefrologistas da ERA e serviu como sua presidente de 2015 a 2017. Adicionalmente, atuou como tesoureira da Sociedade Portuguesa de Nefrologia de 2021 a 2024. Atualmente, é membro ordinário do conselho da ERA.

Giuseppe Grandaliano é Professor Catedrático de Nefrologia e Chefe da Unidade de Nefrologia na Universidade Católica do Sagrado Coração em Roma, associado à Fondazione Policlinico Universitario Gemelli IRCCS. Ele dirige o Programa de Transplante Renal Gemelli e preside o Programa de Pós-graduação em Nefrologia. Anteriormente, foi Professor Associado na Universidade de Bari e na Universidade de Foggia.

A sua pesquisa centra-se no transplante renal, doenças glomerulares e hemodiálise, com 250 publicações revistas por pares e mais de 9.000 citações, resultando num índice H de 52. Recebeu numerosos prémios e desempenhou papéis chave em sociedades científicas, incluindo a Sociedade Italiana de Nefrologia e a European Renal Association.

Kitty Jager é Professora de Informática Médica e Epidemiologia Renal no Centro Médico da Universidade de Amsterdão, na Holanda, e serviu como Diretora do Registo ERA durante 22 anos. Após obter o seu doutoramento focado na adequação da diálise, liderou o grupo de pesquisa em epidemiologia renal, contribuindo significativamente para registos em larga escala que monitorizam os resultados da doença renal em toda a Europa.

A sua pesquisa explora a prevalência e progressão da doença renal crónica (CKD), a frequência da Terapia de Substituição Renal e o impacto da saúde pública nas práticas de nefrologia e nos resultados dos pacientes. Com mais de 450 publicações científicas e numerosos capítulos de livros, também faz parte das direções editoriais da Nephrology Dialysis Transplantation, KI Reports, e do African Journal of Nephrology. Além disso, organizou mais de 40 cursos internacionais de CME em epidemiologia para nefrologistas e recebeu 37 pesquisadores visitantes de 20 países.

Jennifer Lees formou-se pelas Universidades de Cambridge (2006) e Edimburgo (2009) e fez formação em nefrologia e medicina interna em Glasgow (2013). Ela começou a sua carreira de pesquisa com um doutorado na Universidade de Glasgow (2016-2020), estudando o papel da vitamina K na saúde vascular, apoiada pela British Heart Foundation e Kidney Research UK. Nomeada como Professora Clínica em Medicina Renal, completou a sua formação clínica em 2022.

Atualmente, ela é uma bolsista de início de carreira do Wellcome Trust em Medicina Renal e Líder em Ciência de Dados na Escola de Saúde Cardiovascular e Metabólica, Universidade de Glasgow. A sua pesquisa centra-se em resultados a longo prazo na doença renal crónica (CKD), particularmente relacionados à doença cardiovascular e ao câncer.

Sendo uma clínica ativa e professora universitária, bem como envolvida ativamente na Sociedade Grega de Nefrologia (Secretária Geral), a ISN (presidente do Comitê Diretor do Dia Mundial do Rim), a BANTAO (Associação de Cidades dos Balcãs de Transplante de Nefrologia e Órgãos Artificiais, onde servi como presidente por um mandato de um ano) e ERA (membro do conselho do grupo de trabalho EUDIAL e do Conselho Consultivo Científico – SAB) acredito que tenho a experiência necessária para pedir o seu apoio para as atuais eleições para membros ordinários do Conselho. Como Nefrologista, tive a oportunidade de participar em inúmeras colaborações internacionais e programas de intercâmbio internacional e como professora tive a oportunidade de interagir com jovens (estudantes de medicina e formandos em nefrologia) e de partilhar com eles a nossa visão, ansiedade, ideias, ambição e compromisso com o trabalho árduo e a medicina. O Conselho tem, entre outras, a difícil tarefa de tornar a nefrologia uma especialidade atraente para os jovens médicos e estou empenhado em alcançar isso. A Europa na era moderna é um paradigma de diversidade, inclusão, amizade e progresso. Especialmente no campo da Medicina, a partilha de conhecimento e a colaboração entre especialistas são essenciais para a nossa luta contínua por avanços nos cuidados e bem-estar dos nossos pacientes. Na era da abordagem multidisciplinar à saúde e à doença, umdiálogoentre nefrologistas, outros médicos, cientistas da saúde e opúblico em geralé essencial para a promoção da consciência da doença renal, aplicação de novos tratamentos e progresso da pesquisa em nosso campo. Nos últimos anos, a ERA cresceu em números e eficiência e é a principal associação de nefrologia com um papel central no progresso da Nefrologia. O esforço, compromisso e trabalho árduo de todos os membros passados do Conselho e grupos de trabalhotem queser reconhecido, mas principalmente continuado e melhorado. Assim, através das minhas próprias experiências, como potencial futura membro do Conselho da ERA, espero poder promover a educação, a colaboração científica e de pesquisa, a disseminação do conhecimento e a interação entre todos os nossos membros. Uma maior padronização das práticas e novos tratamentos, desenvolvimento e aplicação de diretrizes, aumento da consciência pública, bem como cooperação com os decisores políticos, são essenciais para o progresso da Nefrologia e da ERA. Em qualquer caso, com o seu apoio, prometo trabalhar arduamente para continuar todos os grandes esforços que foram feitos no passado e para um futuro ainda mais brilhante da nossa Associação.

Proponho a minha candidatura como membro italiano do Conselho da ERA para estar ativamente envolvido na elaboração de estratégias destinadas a realçar a relevância dos Nefrologistas e a melhorar os cuidados dos nossos pacientes. Durante os últimos anos, estamos a enfrentar uma verdadeira epidemia de DRC que tem um impacto dramático na vida dos nossos pacientes, mas também nos gastos de saúde em todos os países europeus. Acredito firmemente que a prevenção adequada, estratégias de rastreio eficazes e a adoção mais ampla de novos tratamentos nefroprotetores eficazes podem contribuir para diminuir inevitavelmente a carga clínica e económica das doenças renais. A ERA deve ter um papel principal neste processo que deve ser implementado com uma sinergia rigorosa com todas as Sociedades de Nefrologia nacionais, a fim de traduzir efetivamente estas estratégias em países com diferentes sistemas de saúde, força de trabalho e organização: Isso provavelmente garantiria o acesso ao cuidado inovador para a grande maioria dos pacientes europeus. As medidas do processo e os resultados do processo são dois passos críticos para decidir em que aspectos deve ser focado o cuidado dos nossos pacientes. Neste sentido, um dos meus objetivos será aumentar e otimizar a cooperação entre a Sociedade italiana de Nefrologia e o Registro de Diálise da ERA para garantir que a grande maioria das regiões italianas forneça os dados epidemiológicos dos pacientes italianos submetidos a TRR. Um ponto crítico refere-se às atividades educacionais da ERA. Acredito que a ERA deve estar fortemente envolvida na formação de nefrologistas do terceiro milénio que estão predispostos a abraçar uma mudança de paradigma focada na prevenção em vez de substituir a função renal dos nossos pacientes.

Siren Sezer é uma Professora de nefrologia e medicina interna com sede em Ankara, Türkiye. Atualmente, ela atua como Chefe da Unidade de Transplante de Rim na Medicana International, Ankara e é Professora de Nefrologia na Faculdade de Medicina da Universidade Atılım.

Ela contribuiu para 230 artigos científicos internacionais, acumulando mais de 5000 citações, e esteve ativamente envolvida em várias iniciativas educacionais e de pesquisa em nefrologia a nível nacional e internacional. Foi nomeada como FERA desde 2012. Assumiu um papel ativo no programa de prevenção da doença renal crônica na Türkiye.